Homem-Aranha nos cinemas: do pior ao melhor

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Chegando aos cinemas amanhã (16), “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” promete ser uma grande celebração do legado do teioso nas telonas em uma louca aventura multiversal que trará os vilões que o herói enfrentou em encarnações passadas, além de possivelmente reunir os 3 intérpretes do Homem-Aranha nas mãos da Sony Pictures: Tobey Maguire, Andrew Garfield e Tom Holland.

Em comemoração (e na preparação) para o novo filme, o Drop Cultura decide elencar os filmes do teioso do pior ao melhor, desde o filme de 2002 dirigido por Sam Raimi até Longe de Casa, que antecede os eventos do novo filme. Vamos lá? Mas antes, alguns critérios…

  • Infelizmente só iremos contar os filmes live-action, que aparentam ser os únicos pertinentes à Sem Volta Para Casa. Mas já destaco que “Homem-Aranha no Aranhaverso” é, ao lado do primeiro colocado dessa lista, o meu filme favorito do teioso;
  • Só iremos contabilizar os filmes do personagem pós-2002. Portanto, nada daquela versão italiana peculiar ou Nicholas Hammond, que mais era um compilado de episódios da série televisiva de 1977 exibido nas telonas do que uma experiência cinematográfica de fato, embora seja tecnicamente a primeira versão do amigo da vizinhança que chegou aos cinemas (sim, não foi o Tobey Maguire!) no fim das contas;
  • Não iremos contabilizar spin-offs, como “Venom”, “Venom: Tempo de Carnificina” e futuramente Morbius, que chega aos cinemas em janeiro de 2022. Devem ser filmes pertinentes ao contexto cinematográfico do personagem em um longo prazo se analisarmos as estratégias da Sony Pictures com o personagem, mas não é o caso falando de Sem Volta Para Casa.

Dito tudo isso, vamos lá!

Leia também: O que assistir antes de “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”?

7. O Espetacular Homem-Aranha (2012)

Primeiro reboot do teioso nas mãos da Sony Pictures, “O Espetacular Homem-Aranha” é até hoje lembrado como um dos filmes mais controversos do Homem-Aranha, ao lado de sua sequência, “Homem-Aranha 3” ou até “Homem-Aranha: Longe de Casa”, de 2019. Com um par romântico sensacional por parte de Andrew Garfield e Emma Stone interpretando Peter Parker e Gwen Stacy, respectivamente, além de uma boa dose de ação e um Ben e May Parker bastante competentes, o filme falha quando apresenta um vilão com uma motivação grotesca como é o caso do Lagarto de Rhys Ifans, um subplot de dar sono contando a história dos pais de Peter, além de um Homem-Aranha com uma origem completamente duvidosa, descaracterizando um dos elementos principais do personagem em outras estações, esquecendo o “com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades” e embarcando no “eu preciso achar o assassino do meu tio o quanto antes para que eu possa me vingar”.

Leia também: O Espetacular Homem-Aranha | Crítica 

6. O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (2014)

Considerado por muitos o pior filme do Homem-Aranha, o segundo filme dirigido por Marc Webb e protagonizado por Andrew Garfield dá sequência aos acontecimentos do primeiro ampliando significativamente alguns dos conceitos apresentados no longa de 2012. Embora ainda esteja em início de carreira, aqui vemos um amigão da vizinhança consideravelmente mais experiente que a versão vista 2 anos antes. Com um dos melhores trajes que o personagem recebeu no live-action, vemos algumas das melhores cenas de ação presentes em um filme baseado em histórias em quadrinhos, um marco que a própria franquia não superou até literalmente hoje. A relação de Parker e Stacy se intensifica ainda mais, embora também apresente problemáticas expressivas, como um Peter Parker perseguidor.

As maiores críticas que o filme recebeu se relacionam direta ou indiretamente aos vilões. Considerado por muitos o filme com a pior versão dos inimigos do herói da Marvel Comics, o Electro de Jamie Foxx e o Duende Verde de Dane DeHaan definitivamente não agradaram o público e a crítica. Os problemas se intensificam ainda mais quando o subplot dos pais de Parker apresentam um conceito onde o garoto do Queens seria uma espécie de escolhido, pré-destinado a obter os poderes de aranha, indo totalmente de encontro ao conceito de “todo mundo pode vestir a máscara” que a franquia tanto martela ao decorrer dos anos, tudo isso para servir de motivação como a ruína do vilão que o amigo Harry se tornou.

Leia também: O Espetacular Homem-Aranha 2 | Crítica 

5. Homem-Aranha: Longe de Casa (2019)

Sendo o ponto de partida para o longa do personagem que chega aos cinemas amanhã, Longe de Casa foi um filme relativamente bem recebido pela crítica, além de deter até o presente momento a maior bilheteria que o aracnídeo adquiriu nos cinemas, muito embalado pelo fim da Saga do Infinito com “Vingadores: Ultimato”, lançado 3 meses antes.

De férias, Peter Parker enfim pensa que não terá que vestir a máscara enquanto curte um passeio na Europa. Mas inimigos dali, Nick Fury daqui, o garoto do Queens assume seu alter ego mascarado. Mesmo que bem recebido, o filme é constantemente criticado por estender ainda mais os laços entre Parker e Tony Stark, seu falecido mentor. O vilão Mystério é um dos destaques do longa de 2019.

Leia também: Homem-Aranha: Longe de Casa | Crítica

4. Homem-Aranha 3 (2007)

Considerado por muitos o pior filme do Homem-Aranha, a conclusão da trilogia do Sam Raimi é motivo de controvérsia até os dias de hoje, embora o filme venha tendo sua reputação gradativamente reparada ao decorrer dos anos, tal qual a Trilogia Prequel de Star Wats, concluída 2 anos antes. Aqui, temos um Homem-Aranha consideravelmente mais bem sucedido que nos 2 primeiros filmes, um herói que toda Nova Iorque ama. Com um relacionamento bem estabelecido com Mary Jane e uma vida financeira e acadêmica menos caótica que no filme anterior, Parker parece finalmente ter encontrado a felicidade.

Porém, os recorrentes acontecimentos positivos de sua vida o tornam alguém blindado de enxergar os problemas que o rondam, Peter não consegue enxergar os próprios erros e perde o aspecto de empatia, tão essencial na construção de personagem do Homem-Aranha. Tudo isso ainda piora com a chegada do simbionte, que potencializa (e não cria) as características do hospedeiro. Mas mesmo sem o simbionte, Parker perde seu próprio senso de responsabilidade, se torna vingativo e traz o pior de si mesmo. Todo esse ego se alia aos problemas profissionais de Watson, que acaba por ter uma relação conturbada com um homem que já não reconhece, além da inserção dos vilões Homem-Areia, Venom e Novo Duende, sendo o último encarnado pelo ex-melhor amigo Harry Osborn.

No fim do dia, o filme é uma linda mensagem sobre perdão, ato que o próprio Peter se dá ao luxo de ter consigo mesmo em meio aos problemas e erros que enfrentou em sua vida, desde a morte de Ben Parker até os erros com a mulher amada, o melhor amigo Harry, Eddie Brock e Flint Marko. Embora seja compatível com os arcos apresentados anteriormente na trilogia, apresenta a pior execução dentre os 3 filmes.

Leia também: Homem-Aranha 3 (2007) | Crítica 

3. Homem-Aranha (2002)

A estreia (ao menos relevante) do herói mais icônico da Marvel nas telonas veio em grande estilo. Trazendo Sam Raimi como diretor e Tobey Maguire como Peter Parker, aqui vemos a origem da ameaça mascarada com uma relativa fidelidade ao material original, ainda que com uma assinatura característica da direção de Raimi, além de ser o puro suco do cinema dos anos 2000.

Da encarnação perfeita que é J. Jonah Jameson de JK Simmons até o psicótico Duende Verde interpretado por Willem Dafoe, o primeiro filme da trilogia de Sam Raimi fornece uma fórmula de origem constantemente replicada pelo cinema de super-herói, embora um ou outro aspecto aqui tenha envelhecido um pouco mal. Clássico!

Leia também: Homem-Aranha (2002) | Crítica

2. Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017)

Primeiro filme solo do herói no MCU, De Volta ao Lar oferecia um potencial interessante ao Homem-Aranha de Tom Holland. Sendo um filme de colegial com bons coadjuvantes, tendo uma inserção de tecnologia contemporânea factível falando da ideia de existir um herói como o Homem-Aranha em 2017, o filme oferece uma boa história para Peter Parker, aliado ao Abutre de Michael Keaton que é simplesmente um dos melhores vilões que o teioso já recebeu nas telonas, super bem inserido no contexto do Universo Cinematográfico da Marvel. A maior crítica fica certamente por conta da dependência de Parker com Tony Stark, um aspecto que incomoda muito dos fãs do personagem até hoje.

Leia também: Homem-Aranha: De Volta ao Lar | Crítica

1. Homem-Aranha 2 (2004)

Homem-Aranha

Um clássico insuperável! Sendo considerado uma das maiores adaptações de histórias em quadrinhos para as telonas por muita gente (incluindo este que vos escreve), a sequência dirigida por Sam Raimi explora o homem por trás da máscara. Vemos um Peter Parker carregado de problemas e mais problemas, incerto de sua própria capacidade e incapaz de conciliar o seu lado heroico com as responsabilidades de um jovem universitário. É em meio os problemas aqui citados (estabelecidos com pouquíssimo tempo de tela em um esforço e trabalho admirável por parte de Sam Raimi) que ele opta por uma escolha muito difícil: abandonar o alter ego. Homem-Aranha nunca mais. Abandonar o traje vermelho e azul carregou um intrínseco significado na vida de Parker: é abandonar também o seu passado, tentar viver a sua própria vida, por fim seguir em frente com o luto pela morte de Ben Parker externalizado na esperança de dias melhores.

Foi contar a verdade para a Tia May, tentar ter uma vida com Mary Jane Watson. Mas ali ele aprende que, com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. E o Homem-Aranha retorna! Tudo isso aliado ao desenvolvimento de Mary Jane Watson, tão brilhantemente explorada por Sam Raimi no segundo e no terceiro filme, ao ressentimento de Harry Osborn e ao nascimento do Doutor Octopus. Projetando como seria viver sua vida ao lado da mulher amada tal qual o ídolo Otto Octavius, Peter Parker encontra em seu futuro arqui-inimigo alguém em quem se espelhar. Mas, no fim do dia, quem se espelha em algum exemplo é Octopus, compreendendo que há dias onde será necessário abandonar aquilo que mais queremos, até nossos sonhos.

E é ali, em um grande sacrifício, que o Doutor Octopus morre, mas não como um vilão.  Mas quando retorna para o velho vermelho e azul, agora já com a consciência de Mary Jane, ele vê que talvez não seja preciso desistir de seu sonho, pois viver uma vida com a jovem Watson é também uma decisão conjunta. E é dessa brilhante forma que o filme termina. Tudo isso aliado às cenas de ação completamente conectadas aos acontecimentos da trama e algumas das melhores sequências de alívio cômico com J. Jonah Jameson tornam “Homem-Aranha 2” algo muito, muito difícil de superar. E tudo isso que você acaba de ler talvez justifique a ansiedade de muitos fãs (me incluo aqui) com a ideia de ver Tobey Maguire vestir a máscara mais uma vez, sendo provavelmente a última.

Leia também: Homem-Aranha 2 (2004) | Crítica

E esse foi o nosso ranking da franquia Homem-Aranha! Mas e você, qual o seu filme favorito do teioso? Está animado com “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, acredita no cotado retorno de Tobey Maguire e Andrew Garfield, ou os vilões estão de bom tamanho? Comente!

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