O Espetacular Homem-Aranha 2 | Crítica

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Finalizando a crítica dos filmes do Homem-Aranha fora do Universo Cinematográfico da Marvel na maratona para Sem Volta Para Casa, hoje temos “O Espetacular Homem-Aranha 2”, filme de 2014 dirigido por Marc Webb e protagonizado por Andrew Garfield.

Na crítica do primeiro filme, embora uma parte ou outra fosse aproveitável, é um longa que não só decepciona como experiência cinematográfica, mas como uma história de origem do Homem-Aranha. E, com todas as ressalvas que comentarei nesta crítica, não posso dizer o mesmo de sua sequência. Mesmo com todos os problemas, “O Espetacular Homem-Aranha 2” ainda é um filme mais aproveitável que o primeiro.

Em O Espetacular Homem-Aranha 2, temos um Homem-Aranha mais experiente (mas ainda é o Homem-Aranha) 

Se passando dois anos depois do primeiro Espetacular, vemos aqui um cabeça de teia mais experiente. E bem, um dos elogios que posso atribuir ao longa certamente é em quanto o orçamento não faz pouco caso dessa maior experiência de Parker com os balanços nova-iorquinos. As cenas de ação como um todo são certamente algumas das melhores que toda a franquia já viu (incluindo os filmes do MCU). 

O Homem-Aranha de Andrew Garfield aqui é certamente a adaptação cinematográfica do personagem que mais acentua uma diferença entre Peter Parker e seu alterego mascarado, tal qual Clark Kent/Superman.  Mas tal qual o Homem de Aço, é impossível separar as duas coisas.

Aqui também temos um Peter Parker que tenta amadurecer e lidar com seus próprios dilemas, seus próprios erros, embora ainda insista em dúvidas semelhantes, como o passado de seus pais. E sim, aquela subtrama chatíssima não só continua, como tem uma das conclusões mais convenientes (e ruins) que eu já vi. A ideia de pré-destinar Parker a ser o Homem-Aranha é não só burra, como também ofensiva, joga todo o pressuposto de criação do personagem no lixo.

Mas, claro, serve como uma explicação porca para o surgimento de um dos vilões, ao qual falaremos mais tarde. Mas voltando ao Peter Parker, aqui vemos mais do relacionamento entre o fotógrafo e Gwen Stacy, cuja relação fica entre idas e vindas, aquela complicação afetiva clássica. 

Ignorando o Peter Parker perseguidor (até porque o que é perseguir alguém quando você já bateu na mulher amada em outra encarnação, não é mesmo?), o dilema da morte do pai de Gwen é a grande sombra para que Peter siga em frente com sua vida ao lado de Gwen, o filme traz esse elemento narrativo várias (e várias) vezes. E bom, considerando o final, não é bem uma surpresa que isso seja válido de acontecer. Mas vamos aos vilões…

Eletrizante de ruim

Jamie Foxx é uma escolha de elenco interessante e o trailer mais recente de Sem Volta Para Casa mostra isso. O ator pode sim funcionar como Max Dillon, entendo inclusive como a história de origem do Electro em si é trágica. No entanto, esse filme desenvolve essa origem da forma mais água com açúcar blockbuster que poderia, é um Coringa do Joaquin Phoenix não aceito socialmente.

Embora não seja bem isso ao pé da letra, até dá pra resumir a motivação desse Electro para “o Homem-Aranha não lembrou do meu nome” de tão leviano que é a adaptação do Electro aqui. 

Já falando do Harry Osborn desse filme, é uma versão, no mínimo, peculiar. Até parece crível que o filho de um bilionário como Norman Osborn seja como é nesse universo, mas essa versão do personagem me retira um pouco do estado mental de estar consumindo algo do Homem-Aranha, sem contar a conveniência enorme do roteiro em tornar o vilão vilão por fatores genéticos, um puro acidente (que se liga ao herói de forma antagônica, veja você).

Já o Rhino… ele merece ser citado, mesmo? Ok, é o vilão de fato, mas sua aparição é algo tão breve que mais parece um teasing de um eventual terceiro filme que nunca aconteceu.

Roteiro

O grande problema desse filme pra mim não é nem o enredo e como a história se desenrola, mas algumas problemáticas simples e facilmente resolvíveis que o filme simplesmente joga aos céus. Mas de forma geral, gosto de como ele constrói a relação com a Gwen, gosto também da relação entre o Peter e a Tia May. 

Porém, coisas como o desenvolvimento dos vilões (que não são o Lagarto em nível de desastre, mas são medíocres) e da subtrama dos pais de Parker tornam o longa mais cansativo e menos aproveitável.

O final pra mim funciona bem, acho a morte de Gwen Stacy impactante na medida que deveria ser, acontecendo como deveria acontecer. 

O que será aproveitado em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”?

Electro está de volta. Com Jamie Foxx retornando ao papel, podemos esperar uma versão aparentemente mais densa e madura do personagem, diferente do que vimos em 2014 (“não é o azul bobo”, como diria Foxx). 

Ainda é uma incógnita, mas se cogita que o filme também apresente o Rhino mais uma vez, embora esses rumores tenham diminuído é nada do material publicitário do filme aponte para isso.

Conclusão: Com boas cenas de ação, um Homem-Aranha de novos ares e um Peter Parker que embora seja problemático possui boas amarras de relacionamento (familiar e afetivo), O Espetacular Homem-Aranha 2 supera o primeiro em muitos aspectos. Mas peca em uma subtrama com uma conclusão ofensiva ao que o personagem principal representa, além da mediocridade dos vilões.

Nota: 6,5/10

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