Por que os filmes do Homem-Aranha não estão no Disney+?

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O Disney+ é com certeza uma grande referência no que se diz ao catálogo de filmes de herói, contando com um enorme acervo falando de Marvel (talvez o maior já lançado no mesmo formato). Não precisa navegar muito no serviço para encontrar os filmes de personagens Marvel da Fox, como é o caso dos filmes do X-Men. Porém, você deve ter percebido a ausência dos filmes do maior herói da Marvel: o Homem-Aranha.

Mas afinal, por que mesmo com um catálogo tão completo, os filmes do teioso não estão disponíveis no serviço com o maior acervo de conteúdo Marvel? É isso que iremos te responder hoje!

Direitos do Homem-Aranha: O embate Marvel vs. Sony

aranha sony

Se você conhece um pouco da história da Marvel, deve saber que antes de começar a construir esse império que é o seu universo cinematográfico, a empresa passou por maus bocados da metade para o final da década de 90, vendendo os direitos de seus super-heróis para outras empresas em busca de salvar a própria empresa após uma coleção de fiascos falando da produção de filmes acerca de seus personagens na década de 90.

Os X-Men, por exemplo, foram vendidos para a Fox ainda antes do processo de falência da Marvel, por um valor de US$2,6 milhões em 1993, gerando então a saga de filmes X-Men pela Fox. Essa venda também ocorreu com outros heróis, como é o caso do Demolidor, também vendido para a Fox e também gerando uma adaptação cinematográfica (bastante criticada, por sinal) no início dos anos 2000, a época em que começava-se o boom dos filmes de herói. E claro, o maior ícone da Marvel não passaria despercebido por isso. Em 1999, os direitos do amigão da vizinhança foram vendidos para a Sony por aproximadamente US$7 milhões, gerando frutos em 2002, com a trilogia “Homem-Aranha” dirigida por Sam Raimi e protagonizada por Tobey Maguire.

Apesar do sucesso de bilheteria do último filme da trilogia, a conturbada produção de um eventual “Homem-Aranha 4” acabou em um triste cancelamento, trazendo então outra adaptação do herói, que ocorreu em 2012, a duologia “O Espetacular Homem-Aranha”, dirigida por Marc Webb e protagonizada por Andrew Garfield. O segundo filme teve os bastidores ainda mais complicados, principalmente após o lançamento do filme.

Isso fez com que em 2015, fosse anunciado que o personagem seria readaptado mais uma vez, agora em parceria com a Marvel Studios para a introdução do herói em seu Universo Cinematográfico Marvel, personagem agora interpretado por Tom Holland com previsão de aparecer em “Capitão América: Guerra Civil. E em 10 de março de 2016, finalmente podemos conhecer o novo Homem-Aranha, o grande destaque do segundo trailer do filme de Capitão América, trailer esse que levou os fãs à loucura na época.

O acordo previa 6 filmes com a participação de Tom Holland, ocorrendo um universo completamente compartilhado entre os filmes da Sony e os da Marvel, podendo explorar personagens e acontecimentos do UCM nesses filmes do herói e vice-versa, com a Marvel Studios podendo explorar quaisquer elementos dos filmes do cabeça de teia em seu universo cinematográfico, também ocorrendo uma corroboração por parte da Disney/Marvel no orçamento dos filmes da Sony.

Mas apesar de tudo isso, os direitos de distribuição desses filmes ainda pertencem à Sony, com a Marvel gerenciando os direitos de merchandising. Com isso, para pelo menos os filmes do personagem que integram o UCM estarem disponíveis no serviço da Disney, a negociação seria de tamanho impacto (e nada barata). Em 2019, um dos editores do The Hollywood Reporter alegou que há interesse por parte da Disney em trazer esses filmes ao seu serviço.

“O estúdio também espera disponibilizar os filmes do Homem-Aranha do Tom Holland no Disney+ eventualmente, mas isso é bastante incerto.”

Hoje, os então 2 filmes da terceira readaptação do personagem por parte da Sony se encontra nos mais variados serviços de streaming. No Brasil, por exemplo, “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” se encontra com contrato de distribuição com os mais variados serviços, seja a Netflix, Telecine Play ou até o Clarovideo. No entanto, “Homem-Aranha: Longe de Casa” está disponível apenas no HBO GO aqui no Brasil.

Parceria Sony-Netflix

Se você acompanha notícias de entretenimento, deve ter notado um ou outro comentário sobre alguma parceria entre a Sony Pictures e a Netflix. Pois bem: a parceria torna todos os filmes da Sony exclusivos da Netflix falando do lançamento em serviços de streaming. O acordo começará a valer em 2022 e deve ter 5 anos de duração. Por enquanto, só foi falado da validade do acordo nos EUA, outros países ainda não foram citados (o que é questão de tempo para termos uma posição oficial sobre para cada país).

Produções como “Morbius” ou até a sequência de “Homem-Aranha no Aranhavero” já estão previstas para serem os grandes frutos do acordo, por exemplo. Nada foi dito sobre produções posteriores à 2022, deixando implícito que o acordo não cobre nenhum dos filmes do herói lançados até 2021, incluindo “Spider-Man: No Way Home”, que deve chegar aos cinemas em dezembro de 2021. Entretanto, toda e qualquer produção cinematográfica do super-herói só estará disponível na Netflix, não só do Homem-Aranha mas como de todo o universo cinematográfico da japonesa. Isso dificulta a situação para a Disney? De certa forma, sim. Não impossibilita que nada da sua parceria com a Sony até então seja disponibilizada eventualmente no catálogo do Disney+, mas também é um sinal de aproximação entre a Netflix e a Sony, que deve ter interesse em produções anteriores à 2022 e pode quem sabe negociar a exclusividade desses conteúdos também.

As produções cinematográficas do cabeça de teia já possuem um futuro certo entre 2022 e 2027 falando de disponibilidade, mas todo o seu passado continua incerto em disponibilidade para serviços de streaming, pulando de galho em galho.

Mas e você, sabia de toda essa bagunça envolvendo os direitos do Homem-Aranha? Acha que a Sony deve ceder numa eventual parceria com a Disney para disponibilizar ao menos os filmes do Homem-Aranha de Tom Holland? Comente!

Leia também: 3 coisas que queremos em “Homem-Aranha: No Way Home”

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