Cinema pós-pandemia: uma reflexão

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on whatsapp
Share on telegram

Falar de cinema vai além de uma crítica de blockbuster, de uma entrevista de um ator, de uma constatação ou levantamento de dados corriqueiros. Por isso, dado o fim de 2021, acho que já é hora de falar do cinema pós-pandemia.

Se você acompanha o mercado há algum tempo, deve lembrar a grandiosidade da indústria em 2019. Embora sim, você possa lembrar apenas de “Vingadores: Ultimato” (afinal, além de ser uma conclusão de uma das maiores sagas da indústria, é detentora do recorde de maior franquia em bilheteria na história do cinema), 2019 ofereceu uma vasta lista de opções ao consumidor, embora a predominância da The Walt Disney Company fosse expressiva na época.

Dos dez filmes mais vistos naquele ano, sete eram da casa do Mickey Mouse. Eram eles: Vingadores: Ultimato, O Rei Leão, Frozen 2, Capitã Marvel, Star Wars: A Ascensão Skywalker (Episódio IX), Toy Story 4 e Aladdin. Sem contar Homem-Aranha: Longe de Casa, que embora não reflita em lucro por bilheteria, fez a Disney garantir um bom lucro com merchandising. Mas se 2019 foi quase um monopólio, 2020 e 2021 fizeram o mercado se mexer.

O cinema na pandemia

Muitos setores precisaram se reavaliar durante a pandemia do novo coronavírus. E, em um cenário como esse, não poderia ser diferente do cinema, uma experiência completamente comprometida com a ascensão da COVID-19. O mercado acabou precisando testar novas formas de chegar ao espectador. Uma frequentemente utilizada foi o lançamento simultâneo no cinema e no streaming. Falando dos estúdios norte-americanos, todos eles (com exceção da Sony Pictures) possuem seu próprio serviço de streaming.

Mas as duas maiores empresas que mais apostaram na ideia foram tanto a The Walt Disney Company quanto a Warner Bros. Discovery. Mas quando vemos a Warner, por exemplo, sua ausência no top 10 de bilheteria global em 2021 expressa algo claro: se o consumidor tiver a oportunidade de assistir a um filme no cinema e no streaming simultaneamente, ele vai optar pelo streaming.

Você pode apontar (com razão) que isso poderia ser o fator de medo com a pandemia. Porém, quando pegamos “Matrix: Ressurections” como exemplo, tudo fica mais evidente; muito além de viver nas sombras de Homem-Aranha, o filme perde para Sing 2 de forma expressiva na bilheteria doméstica da última semana. Mas em contraste, é o filme mais assistido da HBO Max na última semana. 

Ainda falando de bilheteria, acho importante destacar o crescimento do mercado chinês. Limitando de forma expressiva a importação de filmes americanos (em especial de bilheteria garantida, como no caso da Marvel), vemos um crescimento expressivo da China também na cultura. Além dos sucessos Detective Chinatown 3 e Hi, Mom, The Battle at Lake Changjin permaneceu no topo falando dos filmes mais vistos em 2021 por longas semanas. Porém, só teve um filme que foi capaz de desbancá-lo…

Homem-Aranha e a volta do filme-evento



A volta expressiva dos cinemas se deu há pouco menos de 2 semanas, com Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Em 12 dias, o filme faturou mais de 1 bilhão de dólares em sua bilheteria global, sendo o terceiro longa mais rápido que chegou ao valor citado, perdendo apenas para os dois últimos Vingadores, Guerra Infinita e Ultimato.

Os três filmes citados podem ser considerados o que chamamos de filme-evento; são longas que celebram a construção de sagas, que passam por vários e vários acontecimentos citados em uma série de filmes, que acabam culminando na reunião de vários atores em projetos de altíssimo orçamento. Porém, apenas um desses filmes foi lançado depois da pandemia: Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Mas o que esse crescimento colossal diz sobre esse filme e sobre a indústria como um todo?

Você pode elencar uma série de elementos que pavimentaram esse crescimento. Sejam os rumores colossais, o peso da franquia Homem-Aranha, a abstinência de grandes blockbusters (timidamente diminuída ao decorrer de 2021) ou até o avanço na vacinação e a diminuição expressiva no número de casos do novo coronavírus e suas variantes. Mas existiu uma ruptura, o aracnídeo fez o público voltar ao cinema em definitivo.

Leia também: Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa | Crítica

Vai acabar?

O que podemos constatar é que… não. Mesmo tendo a experiência completamente comprometida com a pandemia, a indústria cinematográfica não deve acabar tão cedo. Mudanças de calendário se tornaram mais comuns, lançamentos simultâneos nas telonas e no streaming agora são mais recorrentes, o número de espectadores em comparação aos anos anteriores diminuiu, tudo isso é verdade.

Mas o cinema ainda tem seu espaço, que a gente não vê a hora de voltar com 100% de segurança, algo ainda não alcançado. 

Mas e você, já teve coragem de voltar às salas de cinema? Utilizou o streaming com mais frequência, como encarou essas mudanças do mercado? Comente!

Deixe um comentário!

Nos siga das redes sociais!

Patrocinador

+ Matérias

Patrocinador