Euphoria (2ª temporada) | Crítica do sétimo episódio

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on whatsapp
Share on telegram

E chegamos no penúltimo (ou sétimo episódio) da segunda temporada de ‘Euphoria’. A série já vinha preparando terreno para o que aparentava ser um dos grandes epicentros de acontecimentos na temporada (e aparentemente será o ponto de partida dos grandes dilemas do final dela): a peça de Lexi Howard. Aliás, não só ‘Our Life’ foi o foco do episódio, mas a criadora (ou narradora) dos eventos ali discutidos é para mim o maior destaque do episódio.

O texto abaixo contém spoilers.

A visão da personagem de Maude Apatow não é necessariamente uma narrativa com bússola moral inclusa, mas oferece certamente ainda mais profundidade para todos os personagens ali citados. Os maiores dramas da estrutura familiar de Lexi já haviam sido explorados no episódio da irmã, o que deixa então uma lacuna interessante para um periscópio, mas menos sobre o oceano do social conforme diria Antônio Abujamra, e mais sobre a lagoa do social da personagem (ou, neste caso, sua escola, sendo mais exato). 

Parte dos dilemas que envolvem este sétimo episódio são as reações da plateia quanto a peça. E advogando a causa, é compreensível; imagina se retratassem a vida de toda sua bolha social e ainda tivessem a coragem de te chamar para assistir? A experiência causa reações das mais diversificadas: por parte da mãe de Lexi, orgulho; da irmã, angústia; do cunhado (?), raiva (já iremos comentar); de Maddy, oscila entre frustração e satisfação; da amiga Rue, entre alegria e orgulho. 

Aliás, ver a personagem de Zendaya sóbria aproveitando todo o espetáculo e percebendo não só o empenho da amiga com o projeto, mas também o quanto ela não fez questão de esconder o quanto a ama, torna tudo especial para Rue e para o espectador.

Mas voltando ao show. Howard tem algumas tiradas não só excelentes no que se diz à narrativa, mas também no diálogo com o público. Ao mesmo tempo que muitos dos personagens podem servir como um estereótipo escrachado (é o caso da irmã Cassie e de Nate Jacobs), ela leva a linha do limite ao máximo para tornar a experiência agradável ou minimamente intrigante à audiência. 

Na subtrama, o episódio deixa explícito que, embora Fezco tivesse deixado muito claro que iria prestigiar Lexi em sua peça, o personagem não estava lá. Uma série de motivos poderiam ser apontados, entre eles o que foi apresentado sobre o personagem no episódio anterior, que deve desdobrar na season finale. Sam Levinson faz questão de deixar a incerteza no ar. 

Por fim, a peça de Lexi traz sim seus momentos mais tocantes e singelos, mas o final é no mínimo inesperado; o personagem inspirado por Nate Jacobs faz uma controversa performance de ‘I Need a Hero’, que muito dialoga sobre sexualidade reprimida. A reação do resto da plateia é excelente, mas a de Jacobs é impagável.

Quando o personagem sai enfurecido e decide cortar laços com Cassie, a irmã desce enfurecida até o palco no que aparenta ser uma tentativa de agressão à Lexi. É esperar pelo que o próximo episódio nos reserva. 

Conclusão: Pode não ser o melhor, mas esse foi definitivamente meu episódio favorito da segunda temporada de ‘Euphoria’. O sétimo episódio traz o protagonismo que Lexi Howard eventualmente merecia, e coloca holofotes literais na fértil mente da personagem. É criativo, é instigante e dá muita abertura para boas atuações. Tudo está muito bem pré-definido para a season finale.

Nota: 9/10

Deixe um comentário!

Nos siga das redes sociais!

Patrocinador

+ Matérias

Patrocinador