O ano de 2021 teve um saldo positivíssimo para a Marvel Studios. De WandaVision até Homem-Aranha, as produções da empresa vêm sendo grande destaque a cada novo lançamento, das telonas até as telinhas. Mas serei honesto: nunca tive um interesse particular pelo Gavião Arqueiro, não ao ponto de me imaginar assistindo uma série do mesmo.
Porém, tempo vai, tempo vem, rumores vão e rumores vem, tudo me parece uma proposta diferente (e um bom diferente) daquilo que mais me incomoda na Marvel Studios hoje. Ao invés de focar em eventos megalomaníacos, loucuras multiversais ou deuses exilados, aqui temos uma história de crime urbano. E isso é ótimo! Por isso, dei uma chance, aqui temos a minha crítica do primeiro episódio de Gavião Arqueiro (sem spoilers).
Menos Gavião, mais arqueiros
Curiosamente, mesmo sendo o personagem que dá nome ao título da Disney+, Clint Barton é quem menos aparece diante dos holofotes de Gavião Arqueiro. O grande destaque do primeiro episódio é a história de Kate Bishop, conhecida nas HQs como Gaviã Arqueira.
Sucessora do Gavião original, vemos como sua história se liga diretamente aos acontecimentos que vimos nas telonas no passado, o que adiciona uma camada muito bem-vinda de familiaridade e, ao mesmo tempo, um cheiro de coisa nova.
Com pouco tempo de tela, a personagem já conquista qualquer um que assista a série. Outro elemento interessante é a ideia de mostrar o personagem de Jeremy Renner como o Gavião aposentado, já depois dos eventos de Ultimato. A forma com que ele lida com a fama da equipe que compunha no passado é tal qual um homem de meia-idade vendo homenagens para a boy band que ele fazia parte há alguns anos, algo divertidíssimo de assistir.
Ansioso para ver a interação sidekick entre o Gavião e sua sucessora nos episódios seguintes.
A direção da série não aponta para grandes vilões, indo mais por um caminho de conter crimes da vizinhança. Embora, claro, isso abra caminhos para explorar esse lado mais “sujo” da Marvel Comics por assim dizer, aquele lado que inclui alguns dos personagens mais fantásticos já escritos em histórias em quadrinhos, como é o caso de Wilson Fisk, popularmente conhecido como o Rei do Crime.
Conclusão: Em uma contida apresentação, Gavião Arqueiro já estabelece as expectativas da série logo no primeiro episódio. Sem grandes eventos, espere algo menos grandioso que Loki e WandaVision, embora a série possa ir para um caminho de deleite aos fãs do combate ao crime urbano da Marvel Comics (vem aí Rei do Crime?). Com a expectativa certa, é um excelente material.
Nota: 8/10