Mais uma semana, mais uma crítica de Falcão e o Soldado Invernal! A série do UCM que encaminha-se para o clímax de seu último ato chega ao seu antepenúltimo episódio com uma abordagem um pouco diferente dos episódios posteriores ao primeiro: aqui, a predominância é desenvolver alguns personagens que ficaram um pouco mais afastados da trama no último episódio, como é o caso de Karli Morghentau ou John Walker. Vale lembrar que esta crítica possui spoilers! E caso você queira conferir a crítica do último episódio, basta clicar aqui!
Iniciamos, claro, se situando na trama bem aonde o último episódio termina, com a volta de Ayo prometendo vingança pelo Rei T’Challa contra Barão Zemo, mas a cena não se trata de forma alguma como um prelúdio direto para o embate, o episódio prefere deixar a situação (provisoriamente) de lado para voltar aos 3 protagonistas do último episódio: Sam, Zemo e Bucky.
Aqui, os heróis (e/ou anti-heróis) comentam mais sobre seus dilemas e problemas com Karli Morghentau, dando um gostinho de qual tom o episódio iria adotar dali pra frente. Aqui é uma das várias sequências onde Zemo se mostra em uma versão muito mais branda de si mesmo, bem menos superficial que a versão do personagem em “Capitão América: Guerra Civil”.
Outra personagem de grande destaque como citado acima é Karli Morghentau. A líder dos Apátridas apresenta ainda mais camadas neste episódio, questionando sua própria luta e claro, tendo um diálogo pra lá de comovente com Sam. O texto é bem explícito em mostrar como Sam e Karli possuem muitas semelhanças sobre o que lutam, onde vemos como ele está mais próximo de sua arqui-inimiga na trama do que do “bom” moço (e como esse episódio faz essas aspas valerem) John Walker em que Wilson já não via com bons olhos (e principalmente, depois do final do episódio, agora que não deve ver com bons olhos mesmo).
E vamos ao elefante no meio da sala no episódio: John Walker. O novo Capitão América mostrou-se bastante inseguro consigo mesmo ao assumir o manto de Steve Rogers, a personificação do verso “estou rindo por fora e chorando por dentro” de Bernadette Carroll. Momentos como o embate com a soldada de Wakanda, onde Walker reconhece da forma mais autodepreciativa possível o quão deplorável é ele na posição de um novo Capitão América perdendo para alguém sem o soro de super soldado, algo que o próprio John almeja ter (e acaba tendo, no fim das contas), um arco bem diferente e atípico olhando em retrospecto para a Marvel dos últimos 13 anos no cinema.
E claro, temos que falar do principal aspecto do episódio: a sequência final com o novo Capitão América assassinando um dos Apátridas da forma mais fria e cruel já apresentada no UCM até então. Apesar de ser um ato barbaramente típico do Agente Americano (John Walker dos quadrinhos), é um tanto simbólico uma adaptação desse lado um tanto anormal de Walker, pra dizer o mínimo. Inclusive, chega a ser irônico reparar que o personagem morto pelo herói americano era fã do Capitão América original na infância, mas acabou morrendo justamente pelo escudo do já aposentado ídolo.
E claro, a outra ironia é o fato de um ato tão cruel e nada racional desses ter sido feito em vingança pela morte de Lemar, o lado racional do novo Capitão América que morre junto com o personagem “vingado” por Walker. A estética do escudo ensanguentado é muito pesada dentro do contexto do UCM, sem contar o fato disso ter sido cometido em um ambiente público, filmado e replicado para gerar reações das mais adversas possíveis no próximo episódio, que será o mais longo da série até então. Haja ansiedade!
E essa foi a crítica do 5° episódio de Falcão e o Soldado Invernal! Mas e você, o que achou do episódio? Deixe-nos sabendo sobre a sua opinião aqui nos comentários!