WandaVision – Crítica dos episódios 7, 8 e 9

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Ao longo de todos os episódios de WandaVision, cobrimos no formato de análise cerca de 6 dos 9 episódios lançados até então. Hoje (05), a temporada chega ao seu final, trazendo-nos respostas sobre tudo aquilo que foi construído ao decorrer da temporada.

WandaVision

Esta análise de WandaVision contém spoilers.

Os últimos 3 episódios curiosamente formam um arco ao contar uma história, explicando alguns dos fenômenos de Westview. Os fãs e a imprensa teorizavam Mercúrio, Mephisto, Doutor Estranho, uma aparição no nível de surpresa de Luke Skywalker em Mandalorian no contexto de WandaVision. Os easter eggs com comerciais e coisas no plano de fundo de algumas cenas poderiam sinalizar os próximos eventos. Mas, como de praxe na Marvel, é tudo mais simples do que parece, com WandaVision não foi diferente.

O episódio 7 se propõe em transicionar a “normalidade” daquela realidade com a reviravolta que constitui o arco final: era Aghatha Harkness. O tempo todo. Essa reviravolta também adapta o relacionamento entre Wanda e Harkness, bastante conturbado nos quadrinhos e bem adaptado em WandaVision. O episódio 8 já tenta estabelecer uma dinâmica de desenvolvimento entre as 2 personagens, já livres de seus dogmas e alteregos de Westview.

Aghata faz Wanda enfrentar sua própria realidade, seus próprios dilemas, o seu próprio passado. Contextualiza também como chegou até ali, como manipulou e quebrou gradativamente a realidade de Westview, da forma mais tímida possível como a morte de um cachorro da família até a gestação casual de uma tarde por Wanda, era tudo controlado pela bruxa internalizada em um alterego de vizinha enxerida.

Os filhos de Wanda são usados como forma de chantagem, enquanto Monica Rambeau volta a ter contato com aquela realidade, encontrando tanto Wanda quanto “Pietro” em uma das cenas pós-créditos. Darcy Lewis e Jimmy Woo são deixados um pouco de lado nesse ato final, talvez até no desejo de materializar uma luta e desfecho completo para essa história, mas senti falta.

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Visão também é uma peça chave desse quebra cabeça, já que o compreendimento da sua própria realidade e de como ele chegou até ali serve também como um alicerce ao público, que busca maneiras de tentar descobrir o caminho da resolução dos problemas de WandaVision. Visão, quando minimamente ciente de tudo, é a sensatez materializada. Do que sabe, é o mais compreensível possível com Wanda.

A cena pós-créditos do episódio 8 traz o maior inimigo de Visão: ele mesmo, numa versão branca e que buscava destruir sua versão de Westview. As cenas de batalha entre Visões são muito bem feitas, talvez a porradaria mais herói até então presente na série. Mas a resolução da relação entre ambos é notar que ambos entram no paradoxo de nem um nem outro serem o verdadeiro Visão, mas também de ambos serem essencialmente o herói. E num destrave das memórias da versão branca de Visão, temos um compreendimento e um fim de embate entre os 2.

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Voltamos ao conflito de Aghata e Wanda, onde os dilemas sobre os poderes de Wanda se sobressaem e revelam o lado Feiticeira Escarlate adormecido apontada como criadora daquela realidade. O embate é em grande parte psicológico, seja pelo problema de lidar com o luto ou os dilemas de controlar um coletivo, tudo isso é jogado de forma fria por Harkness. Agatha não poupa esforços para desestabilizar e “desarmar” Wanda.

Todo o embate é brilhantemente apresentado, mas o ápice pessoalmente foi ver Wanda decidindo entre deixar as pessoas saírem daquela realidade ou manter as estruturas da sua família fictícia. Wanda segura a existência do Hex até notar que sabe o que deve fazer. O momento em que Wanda dá um adeus àquela realidade, colocando seus filhos para dormirem e explicando o surgimento daquela versão do Visão para o mesmo em tom de despedida é um ciclo que se fecha, é Wanda aceitando a realidade e encarando ela de forma materializada. É profundo e fala do luto, de alguma forma.

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No fim, notamos que WandaVision encerrou da mesma maneira que começou: ainda que ambicioso, simples. Sem Mephisto, sem Doutor Estranho, sem Mercúrio, sem Universo FOX, tudo terminou da mesma maneira que começou. No fim, Wanda se vê tendo que lidar e descobrir seu lado de feiticeira, como isso será lidado em outras obras do MCU que é um mistério.

As 2 cenas pós-créditos indicam conexões com outras obras do MCU no futuro: a primeira, sendo o diálogo entre Monica e uma Skrull. Se tem alguma relação com o que foi mostrado de Skrulls em Capitã Marvel, ainda não sabemos. Porém, o provável é uma conexão com a série original da Marvel, Secret Invasion.

Já a segunda cena mostra Wanda como Feiticeira Escarlate utilizando o Darkhold (também citado no embate com Agatha) e com sons dos filhos de Wanda na realidade de Westview, indicando que ela talvez procure trazer eles de volta de alguma forma. Em um formato de vilã, podemos imaginar que esse lado de Wanda discorra mais em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, a chave final da Fase 4 do UCM.

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Veredito: O final amarrado era esperado para quem imaginava a solução mais lógica (e simples) para a reviravolta do ato final. Os últimos episódios de WandaVision encerram a série com chave de ouro, mostrando que é uma história muito mais sobre o luto e muito menos sobre o multiverso. A frustração é natural para os que seguiram o caminho de criar expectativas sobre os rumores e alguma falas sugestivas dos atores envolvidos. No fim, tudo se resolveu da forma que começou, uma simplicidade sem tamanho.

Nota: 10/10

Leia também: WandaVision – Análise dos episódios 5 e 6! (com spoilers)

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