O formato de WandaVision: Análise dos 2 episódios!

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Há mais de 500 dias sem ver um “Marvel Studios” nas telonas, eminentemente qualquer produto audiovisual Marvel lançado nesse período faria um barulho, o que não foi diferente com WandaVision, ainda que de outro formato.

Já citamos algumas das melhores séries do serviço de streaming da Disney por aqui, mas essa série original Disney+ abre a nova fase do MCU, que agora irá explorar multiverso. Mas além disso, os 2 primeiros episódios de WandaVision encontram algum formato? Faz um bom trabalho nisso? É tudo isso e mais um pouco que iremos falar hoje na análise dos 2 primeiros episódios de WandaVision!

Apesar de ser uma das partes desse hiato de conteúdo Marvel, o formato de WandaVision (felizmente, na minha visão) se difere muito dos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, ainda que ambos sejam tenham uma essência semelhante. Ainda que a série venha a abordar o multiverso (e que não faltem referências para isso nesses episódios), pra mim é claro como eles tentam muito mais abordar a dinâmica entre a Wanda e o Visão como casal naquele universo. Não irei analisar os 2 episódios de forma isolada, mas sim como um primeiro ato da série.

O que falar da série nesse sentido? Achei a proposta de um formato sitcom da década de 60 e 70 muito bacana de início, mas não imaginei que seria tão bem executado e divertido de assistir. Claro, parte disso deve ser creditado às atuações magníficas da Elizabeth Olsen (Wanda) e do Paul Bettany (Visão), com dinâmicas muito divertidas de assistir, seja num teor de trabalho de escritório ou na surpresa de fazer um jantar entre você, seu marido, o chefe dele e a esposa.

A série também martela bastante ao decorrer dos episódios os estigmas sociais da época que aspira o contexto daquele universo, reforçando ideias vindas das décadas de 50 e 60 com bastante frequência, seja numa objetificação da mulher ou com a aversão aos europeus e comunistas em solo americano, algo mega presente no contexto sociológico da época abordada em WandaVision que foi abordada de forma bem sutil e divertida de assistir.

Claro, as inspirações de sitcoms mais antigos também é notória. Ironicamente (dada a presença de Elizabeth Olsen), temos alguns dilemas e dinâmicas bem Full House, algo dito pelo próprio Kevin Feige, manda-chuva da Marvel e produtor da série.

Além disso, o estabelecimento de dinâmica (ou química, como preferir) entre Wanda e Visão são um ponto bem marcado nesses 2 primeiros episódios, que não apresentam ameaças mirabolantes como nos filmes. Fica claro como eles são feitos para estabelecer primeiramente uma dinâmica entre os personagens para depois explorar como ela vai funcionar no multiverso Marvel.

Algumas referências ao mundo externo do que se encontra presente naquele universo são citadas (e principalmente vistos por Wanda, que claramente tenta se encaixar num universo tão desconexo da própria realidade, algo mega bem retratado pela série) num formato de gancho para os próximos episódios da série, que devem explorar melhor a conexão de tudo que vimos com o multiverso. No final, WandaVision é um produto bastante promissor falando de Disney e Marvel, ansioso para o que virá nos próximos episódios.

Veredito final: WandaVision trabalha muito bem o retorno do UCM ao mainstream, de forma leve e eu diria que até mais madura que os filmes. Sem vilões mirabolantes e buscas por Jóias do Infinito, a proposta do multiverso parece ser apresentada de forma gradual e quem sabe tendo um arco mais atraente ao público no futuro, dado o percurso que teremos entre WandaVision, o terceiro filme do Homem-Aranha protagonizado por Tom Holland e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Ainda que com toda essa conexão com o UCM, o formato de WandaVision se sustenta muito bem sozinho, sendo leve e intrigante de se assistir, matando a saudade dos fãs da Marvel de consumir algo daquele universo.

Nota: 8/10

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