Mais uma semana, mais uma crítica do novo episódio de Falcão e Soldado Invernal. A chave do episódio não é ninguém presente no título da série, não, não, não. A chave deste episódio é Zemo, o intermédio perfeito entre os 2 personagens e o desenvolvimento do soro de supersoldado com os Apátridas. Aqui, a trama tenta reconciliar Bucky e Sam diante de todo o passado entre os personagens apresentado para o público em Capitão América: Guerra Civil, de 2016.
Esta análise contém spoilers.
Apesar de receoso, Sam topa e embarca com Bucky e Zemo na aventura da descoberta sobre o quê levou tudo à ascensão de um grupo de supersoldados como os Apátridas. Nesse meio-tempo, temos outro intermédio na trama com alguns eastereggs interessantes (e concisos, diferente de WandaVision): Madripoor, a ilha conhecida nas HQs como um lugar de suma importância para a história do Wolverine (que aliás, tem uma sutil referência ao personagem no ato de mostrar bem por cima o Princess Bar, famoso por ser o favorito do mutante) é o epicentro da história desse episódio. Os elementos de ambientação são muito bem apresentados, a ação é tipicamente aquela que você encontraria nos primeiros 30 minutos de qualquer filme do UCM.
Apesar de não ser o grande destaque narrativo da trama, Sharon Carter foi o meu destaque pessoal para esse novo episódio. Diria que assim como o Barão Zemo, seu destaque na trama é consideravelmente superior ao visto em Guerra Civil, mas eu também diria que a curva evolutiva é ainda maior com Carter, tendo uma dose de personalidade e ação digna de maior destaque do que um mero trampolim para o avanço da trama do Soldado Invernal e Falcão. Aqui, ela tem uma ficha não muito limpa e uma relação não tão saudável com o governo americano, tendo que readaptar toda sua vida e sendo agora traficante de obras de arte na Cidade Alta (elite de Madripoor), abandonando todo seu passado. A sua relação com a série foi e voltou no episódio, sendo cortada rapidamente, mas aberta para possibilidades de ser explorada no futuro da série (e do UCM como um todo).
Menos Bucky Barnes e mais Soldado Invernal
Um elemento narrativo do episódio é proporcionar ao Bucky o uso de seu alterego Soldado Invernal em um determinado momento. Essa liberdade permite-o fugir da imagem de herói que a série vem construindo desde o primeiro episódio e apresenta possivelmente a essência do personagem com total liberdade. Seu semblante após descumprir uma das regras estabelecidas com sua terapeuta é uma metáfora visual e tanto sobre quem é o proprio Bucky Barnes, ou Soldado Invernal.
Esse seu lado obviamente proporciona algumas cenas e tanto para a ação do episódio, mas também coloca em jogo tudo aquilo que ele vem tentando ser enquanto pessoa. Achei as metáforas bem jogadas e acredito que esse seu lado deva ser cada vez mais importante no comprometimento do desdobramento da trama.
Cliffhanger e demais pontos
Enquanto todos os demais personagens apresentados na trama possuem sua densidade comprometida, o destaque de Zemo é diferente da personalidade de Guerra Civil, mas provavelmente apresentada propositalmente assim para uma virada “surpreendente” na trama de Falcão e Soldado Invernal. O Zemo apresentado aqui é a clássica união não-desejada entre os mocinhos e o vilão (me lembrou a trama do Venom e Carnificina na animação de 1994 do Homem-Aranha), onde Zemo está mais para anti-herói do que para vilão.
E por fim, claro, temos o cliffhanger do 3° episódio: a aparição de Ayo, uma das guerreiras de Wakanda que conhecemos lá em Pantera Negra. Aqui, ela mostra a quê veio: busca por Barão Zemo, provavelmente na busca por vingança em nome de Rei T’chaka, que morreu na explosão da ONU causada pelo personagem. A aparição é bem objetiva e busca gerar o mesmo que a aparição de Zemo gerou no episódio passado. O início do 4° episódio deve ser caloroso e cheio de ação.
E essa foi a crítica da semana de Falcão e o Soldado Invernal! Mas e você, gostou do episódio, ansioso para o da semana que vem? Conta aqui nos comentários! Lembrando que temos análises semanais de Falcão e o Soldado Invernal, assim como foi com WandaVision.
