Batman nos cinemas: do pior ao melhor

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Ao longo das quase 6 décadas nos cinemas, a franquia ‘Batman’ acumulou uma série de intérpretes, diretores e uma quantidade limitada de vilões. Passando por um bocado de reboots, a franquia que integra a lista das 15 mais rentáveis da história do cinema chega ao seu nono filme solo live-action com o longa estrelado por Robert Pattinson e dirigido por Matt Reeves, em uma visão bastante peculiar e destoante se comparada às encarnações anteriores do herói de Gotham City.

Por isso, em celebração ao filme que chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de março, hoje iremos revisitar alguns dos mais lembrados longas se tratando do Homem-Morcego, indo do pior ao melhor! Mas antes, algumas regras:

  • Não incluiremos filmes pré-1989, desclassificando então o longa de Adam West. Não por preconceito com essa versão do Batman, mas sim pela injustiça do anacronismo em contraste com as demais obras do personagem nos cinemas. Inclusive acho que essa versão merece ser melhor discutida no futuro e certamente é um capítulo importante da história do Batman, mas o filme não apresenta autonomia em comparação à série televisiva com quase o mesmo elenco principal (com exceção da Mulher-Gato);
  • Infelizmente não incluiremos animações, apenas o material live-action, o que desclassifica adaptações para lá de competentes como ‘Batman – A Máscara do Fantasma’ ou ‘Lego Batman’. Podemos dar espaço ao material no futuro, mas sinto que acarretaria em prolongar ainda mais um debate já prolongado;
  • Não contabilizarei filmes crossover, desclassificando então os filmes com o Batman do Ben Affleck. Não irei estender o debate sobre as escolhas pitorescamente negativas acerca da visão de Zack Snyder falando do herói de Gotham, mas a exclusão se dá mais pela falta de seu espaço próprio. Falar de Batman em uma conjuntura universal dos cinemas deixa de ser um debate sobre Batman.

Dito isso, vamos lá!

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7. Batman e Robin (1997)

Talvez o produto mais universalmente odiado do Batman falando dos cinemas, ‘Batman e Robin’ não faz por menos em sua fama, o que não diminui em nada as suas qualidades… pitorescas.

Seus dois problemas mais facilmente apontáveis são as estruturas narrativas confusas entre vilões rasos e a dupla dinâmica totalmente ofuscada em tempo de tela, servindo quase como uma antítese ao destaque que Batman e Robin recebem no nome.

Mas mesmo com todos os seus problemas, algumas sequências permanecem icônicas pela comédia não intencional. Uma Thurman em tela como Hera Venenosa é garantia de entretenimento. E bem… Bat-Cartão de Crédito! Clássico! 

6. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)

Na maratona de Batman, ver “2h44min” na descrição da conclusão do Batman de Christopher Nolan surpreendentemente não me animou. Talvez pela fama do filme, talvez pelo cansaço de ser o último filme solo dentre os 8 se contarmos o longa de Adam West, mas não espere aqui um plot twist: a falta de empolgação se justificou, que conclusão amarga. 

Que os camaradas nolanfags me perdoem, mas que produto mediano. Não que a trilogia de Nolan seja um floco de cristal, mas ‘O Cavaleiro das Trevas’ faz jus a própria fama em vários aspectos (menos no Bruce Wayne de Bale), mas você tira o Coringa de Ledger e…’Cavaleiro das Trevas Ressurge’.

Flertando com ideias no mínimo esquisitas, o Bane de Tom Hardy é uma das caricaturas mais apáticas que uma produção inspirada em quadrinhos conseguiu produzir. Os desfechos para as histórias de Bruce Wayne, Alfred e o Comissário Gordon são simplesmente hilárias de decepcionantes. Mas, para não dizer que não falei das flores, a Mulher-Gato de Anne Hathaway é um produto icônico da década de 2010. Só não está em uma posição abaixo pelo ex-Governador da Califórnia.

5. Batman Begins (2005)

Eu sei que já está parecendo implicância, mas deixem-me bater um tiquinho mais no pobre Nolan. De antemão, sei que recontar uma história iniciada por Tim Burton não é bem a tarefa mais tranquila de uma carreira bem sucedida de diretor, mas puxa vida… precisava ser tão medíocre assim? A posição superior em relação à sequência de sua sequência se deve apenas porque o filme é menos odiável, embora ainda seja medíocre. 

Entendo que é uma história de um Batman em início de carreira, mas ô coisinha difícil de digerir. Ok, tem o mérito da abordagem realista e menos caricata como uma espécie de frescor ao cânone midiático de um herói já muito caricaturizado, porém a execução decepciona.

Do vilão mais sem graça possível às várias barrigas em sua condução e um Bruce Wayne que torna os sentimentos do espectador apático, ‘Batman Begins’ traz o repeteco da história de origem com alguma assinatura de Nolan, mas sem justificar o feijão com arroz, deixando de ser o prazeroso prato típico de Tim Burton para uma versão com um arroz sem sal e anêmico. 

4. Batman: O Retorno (1992)

Batman nos cinemas.

A sequência de Tim Burton pode decepcionar em sua posição nesse ranking super pessoal, mas é singelo. Cada vez que reavalio, ‘Batman Returns’ parece mais instigante. Ampliando expressivamente a Gotham gótica de Burton apresentada 3 anos antes, o segundo filme do Batman de Michael Keaton amplia inclusive o grau de autoria e liberdade criativa desse universo criado por Tim Burton. 

O Pinguim de Danny DeVito e a Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer não ficou no imaginário popular por menos, são versões simplesmente icônicas e muito pertinentes à riqueza de elementos de Batman enquanto franquia multimídia, com cada nova readaptação tentando replicar um pouquinho do que foi feito em 1992. Icônico. 

3. Batman Eternamente (1995)

Batman nos cinemas.

Posição polêmica? Talvez, mas entrarei em defesa dessa obra incompreendida de Joel Schumacher! Primeiro de tudo: Val Kilmer. Embora tenha um apego sem tamanho ao Batman de Michael Keaton, seu sucessor conciliou muitíssimo bem essa cara de magnata herdeiro de Gotham City que é Bruce Wayne e essa imponência misteriosa que o Batman traz. Não a opinião mais popular, mas o ator talvez seja o que melhor conciliou os dois lados falando do Batman nos cinemas.

De resto, acredito que o filme tenha sido o mais competente em trabalhar a relação entre Batman-Bruce-Alfred. Mas claro, as críticas cercam as duas grandes estrelas do longa: o Charada de Jim Carrey e o Duas Caras de Tommy Lee Jones. Não terei a coragem de achar que Schumacher incompreendidamente resgatou o traço caricato que consagrou a Batmania da década de 60, mas acho sensato o retrato dos dois enquanto vilanescas caricaturas comportáveis ao show de loucuras que é esse filme. Por fim, a relação entre Batman e Robin é melhor trabalhada aqui do que em… isso mesmo… ‘Batman e Robin’. 

2. Batman (1989)

Batman nos cinemas.

E chegamos ao Batman de 1989! Da trilha sonora de Danny Elfman à imponência do Batman de Michael Keaton brilhantemente apresentada por Tim Burton, o filme foi a captura mais perspicaz do herói de Gotham City em muitos anos, sendo responsável pelo ressurgimento da Batmania e por consequência maior espaço do herói em outras mídias, como é o caso da aclamada série animada de 1992. 

O filme é responsável pelo maior efeito em cascata de toda a história do Batman pós-Adam West, mas basta por si só. Sejam os interesses amorosos, a impecável ambientação com a mais que gótica Gotham City, a caracterização super autoral de Burton quanto aos detalhes de Batman e sua relação com Bruce Wayne e Alfred, ou até o icônico Coringa de Jack Nicholson, tudo ali merece ser reverenciado por qualquer fã do Homem-Morcego.

1. Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)

Batman nos cinemas.

Acho que não preciso reiterar o que você já ouve há quase 15 anos, né? E digo com facilidade: o Coringa de Heath Ledger me faz esquecer todas as pequenas problemáticas que tenho com a trilogia de Nolan. 

Os momentos icônicos e de maior tensão são basicamente guiados inteiramente pelo personagem, direta ou indiretamente. Não intencionalmente se torna um suspense policial interessantíssimo e de grande escala, dando suporte inclusive para o Duas-Caras, que embora pareça apressado em seu desenvolvimento e até deslocado em alguns momentos, traz sim seus momentos marcantes. Apesar dos pesares, verdadeiramente memorável.

Ufa, terminamos! Mas e aí, está empolgado com ‘Batman’? Onde será que o filme de Robert Pattinson estaria na lista? Concorda ou discorda de alguma das visões apresentadas acerca do Batman nos cinemas? Comente! 

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