Um problema recorrente quanto ao novo serviço de streaming da Disney, chamado até então de Star+, é a confusão nominal com o concorrente Starzplay, da Starz Entertainment, serviço de streaming autônomo que também é parte dos Prime Channels do serviço de streaming da Amazon. Visando isso, o grupo decidiu abrir uma ação de justiça contra a empresa do Mickey Mouse solicitando o impedimento do uso da marca Star e Star+ em diversos países.
No fim de junho, porém, a Justiça de São Paulo determinou um parecer favorável à Disney na ação de justiça, possibilitando que a empresa continuasse a usar as marcas aqui no Brasil. O grupo Starz recorreu da decisão, tendo uma resposta nesta sexta-feira (23). O relator Jorge Tosta, da 2° Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, deferiu pedido de antecipação da tutela recursal, conforme afirma o portal Vcfaz.tv. O documento comprova prioridade por parte do Starz sobre o uso da marca Starzplay.
A decisão também inclui multa diária “a ser fixada” para a Disney caso continue a veicular seu serviço com o nome de “Star+” e derivados, ainda que não seja uma sentença final, o que deve trazer mais capítulos para essa novela. O recurso movido pelo grupo Starz cita até a Claro, que em veiculação de uma promoção para a assinatura do Starzplay, acaba usando a logo do Star Premium, da The Walt Disney Company.
Qual o futuro do Star+?
Essa é a grande dúvida. Se por um lado, a Disney está impossibilitada de se referir ao serviço como “Star+” e derivados legalmente, nada impede que ele seja rebatizado aqui no Brasil. Mas, se a ação ir para frente, isso pode alterar de uma forma ou de outra a presença do serviço no Brasil. Ações assim não são incomuns, basta observar o embate traçado entre a IGB Eletrônica (dona da Gradiente) e a Apple há mais de 10 anos na justiça pelo uso da marca “iPhone”, que recentemente teve desdobramentos que levaram o caso ao Supremo Tribunal Federal.
Contatamos a Disney, que não se pronunciou até o momento. O que nos resta é esperar, mas fica a torcida dos consumidores do Disney+ para que o serviço seja incluído sem custos adicionais na assinatura do serviço do Mickey Mouse que já está presente aqui no Brasil, como fez na Europa.
Por enquanto, o Star+ chega ao Brasil no dia 31 de agosto, sendo um serviço de assinatura em separado do Disney+, com ênfase no conteúdo Fox (e claro, os demais conteúdos que a Disney tem direito) acima do PG-13, classificação indicativa norte-americana máxima das produções da Disney em seu principal serviço de streaming. Também é esperado algum valor promocional para os assinantes dos dois serviços da empresa do Mickey Mouse.
Mas e você, está na torcida pela Disney ou pelo grupo Starz nessa história? Acha que isso irá influenciar o lançamento do Star+ no Brasil de alguma forma? Comente sua opinião!