Pelé: Análise do documentário da Netflix!

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on whatsapp
Share on telegram
Pelé

Produzido pela Netflix e dirigido por Ben Nicholas e David Tryhor, o documentário sobre Pelé ganha maior destaque na plataforma de streaming. Basta lembrar que Pelé foi um dos principais jogadores que elevaram o Brasil à categoria de melhores times do mundo. Atualmente o Brasil está em primeiro no número de apostas para ganhar a copa do mundo na plataforma Midnite. E só foi possível chegar a esse status por causa das campanhas e vitórias que contavam com Pele e seus companheiros de partidas.

Mas quem é Edson Arantes do Nascimento? O garoto que chegou à sua primeira copa aos 18 anos e ajudou o Brasil a superar, em partes, o complexo de vira latas brasileiro ou um homem que ganhou destaque internacional mas parecia estar alheio à realidade vivida em seu país? O documentário não traça uma linha sobre o comportamento do Rei do futebol, elegendo-o um guerreiro ou sobrevivente. Escolhe apenas narrar o depoimento de Pelé e convidados.

O documentário traz também imagens inéditas de bastidores da seleção durante a copa de 70, e cenas de arquivo das campanhas anteriores, que surtiram um efeito escape para os brasileiros. Seguindo a ordem cronológica e tradicional, a produção começa contando a história do menino que admirava seu pai, e que ajudava a família a sobreviver. Em suas horas vagas, ele entregava-se ao esporte como qualquer menino de sua cidade.

Mais tarde, já em Santos, Pelé se apresenta como uma grande surpresa para o time. E logo ganha destaque entre os companheiros, sendo imediatamente chamado para compor a seleção de 58. O time brasileiro viaja para Suécia desacreditada, depois das decepções que foram as campanhas anteriores.

Pelé
Fonte: Reprodução

Pelé, um menino que pensa apenas em jogar, é catapultado à posição de destaque, sendo fundamental para a vitória da seleção canarinha. Sua campanha foi tão positiva que ele jamais voltaria à posição de filho de Dondinho, “o melhor jogador” de sua cidade. Dondinho, que chegou a atuar no Atlético mineiro, é relembrado pelo filho ao longo da narrativa como inspiração.

Os diretores escolhem narrar a história, assim como ela foi se desenhando, através dos comentários de jornalistas, colegas de time, historiadores e do próprio Pelé. Este, aparece nos primeiros minutos do filme. O senhor de 82 pouco lembra o jovem audacioso que saiu de Três Corações, Minas Gerais e achava que aquele lugar era o mundo inteiro. Um tanto saudoso, ele relembra seus passos, reconhece que se calou em diversos momentos, e assume a postura de que seu papel na sociedade era apenas o de jogar bola.

Esse depoimento não é inédito, mas pesa em um documentário que a todo tempo relembra o momento crucial que o Brasil passava, sobretudo na década de 60, e o quanto o futebol ajudou a passar por momentos difíceis para o país. Em determinado momento, Pelé cita que não sentia a pressão do momento chegar até ele, mas chega às lágrimas ao lembrar que foi praticamente obrigado a jogar a copa de 70. E que a vitória teria que vir de todo jeito.

Fica no ar o que teria acontecido, caso o Brasil de a seleção de Rivelino, Jairzinho, Tostão e liderada por Zagallo tivesse perdido naquele momento tão fundamental. Pelé mais uma vez manter-se numa posição confortável, relatando que o papel dele na sociedade já tinha sido cumprido, restando a ele aposentar-se dos campos, talvez para não sentir novamente a pressão de trazer um novo título sem ser mais o menino ágil de outrora.

Pelé se aposentou aos 36 anos de idade no Santos, e levou em seus ombros números impressionantes: foram 1281 gols marcados ao longo da carreira, três títulos mundiais pela seleção brasileira (título até hoje não superado), dois mundiais entre clubes, duas Libertadores da América e milhares de fãs pelo mundo até hoje.

O jogador emociona-se em alguns instantes, sobretudo naqueles em que não conseguia alcançar seus resultados. É difícil, no entanto, conseguir uma resposta mais profunda sobre assuntos polêmicos de sua vida, sejam pessoais ou comportamentais. Pele veste a capa do personagem que ganhou o mundo ainda jovem, e deu nome à várias marcas comerciais.

O jogador que tornou-se maior que a própria seleção em determinados momentos, prefere manter-se sob a ótica estritamente profissional, mesmo que isso seja difícil levando em consideração que o documentário traça um paralelo entre sua época e o papel fundamental que o jogador fez.

Poderia ter sido diferente? Sim, poderia, afirma o próprio Pelé. Mas ele não parece arrependido de ter se mantido neutro em várias situações. Foi o que ele podia fazer naquele momento, assume Juca Kfouri. Talvez ele não tenha se posicionado como Muhammad Ali, relembra Kfouri, mas ele também não vivia no país em que a lenda do boxe vivia.

As análises pontais de Zagallo, companheiro de campo e técnico, relatam o comportamento dentro do campo, e a cordialidade que mantinham fora dele. O encontro com os colegas do Santos, mostra um saudosismo, típico dos sobreviventes de uma era, mas marcado pela distância do tempo e das relações.

Mas e aí, o que você achou do documentário? Comente logo abaixo e não se esqueça de compartilhar com um amigo!

Deixe um comentário!

Nos siga das redes sociais!

Patrocinador

+ Matérias

Patrocinador