Sex Education (3ª temporada) | Crítica

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Passamos da metade de setembro, com isso vimos a terceira temporada de Sex Education chegar à Netflix. A espera não era em vão; afinal, qual era o desfecho do cliffhanger da segunda temporada? Qual seria o rumo da relação de Maeve e Otis, qual seria o rumo de Moordale? Embora a Netflix tenha liberado um material que já ditava como a nova temporada seria, fui felizmente surpreendido por como a série não só conseguiu manter, mas elevar o nível e maturidade de todos os temas que se propõe a debater.

Hoje, o Drop Cultura traz a crítica da terceira temporada de Sex Education, série Original Netflix. Vamos lá?

Nova temporada, velhos personagens


No geral, a nova temporada não é recheada de novos rostos (embora desenvolva-os muito bem, com uma inserção precisa e um debate bem colocado), mas traz aquilo que a gente espera ver em uma série adolescente ao decorrer dos anos: uma evolução dos personagens, um amadurecimento e responsabilidade maior com outras pessoas (em todos os aspectos, aos quais discutirei ao decorrer da discussão).

Embora a gente tenha personagens melhor ou pior desenvolvidos, todos dão um passo além na nova temporada, inclusive aqueles que você tinha vontade de socar nas temporadas anteriores. Mas, com o tanto de gente para abordar, vamos seguir o flow da própria série e começar pelo novo casal, digamos… inusitado: Ruby e Otis.


Ok, acho que todo mundo lembra das casualidades envolvendo os dois, mas foi uma grata surpresa ver como eles foram se tornando um casal ao decorrer da primeira metade da nova temporada. É bacana ver como a Ruby se desgruda cada vez mais da versão que criou de si mesma apenas para tentar manter os laços com Otis.

Aliás, o rompimento do casal veio com profunda responsabilidade emocional por parte de Otis, que não deu voltas e foi sincero quanto aos próprios sentimentos, mas sem ser desrespeitoso. Diria que o único ponto negativo foi como Ruby foi escanteada na segunda metade da temporada, parecendo quase que a personagem serviu apenas como par romântico por aqui.

Do outro lado, Isaac também parece ter servido para Maeve da mesma forma. Em um relacionamento ioiô, ao menos o rompimento dos dois é menos dramático. Depois, acho importante contextualizar como anda tudo ao redor. Após ser conhecida mundialmente como “escola do sexo”, a Escola de Moordale está literalmente sob nova direção.


Embora a boa pinta de uma diretora prafrentex, ela aos poucos se prova apática com as causas, ideias e identidades defendidas pelos alunos, chegando ao ponto de menosprezá-los publicamente ou até de ser abertamente transfóbica. Aliás, acho que já é hora de abordarmos o novo rosto presente na temporada: falo de Cal, personagem não-binário de Sex Education (afinal, sexualidade não é composta apenas de cisnormatividade). O relacionamento delu com Jackson explora muito bem as dúvidas comuns quanto à identidade de gênero. Entretanto, entender que nem toda pessoa trans é obrigada a dar aula sobre gênero é parte da construção de Cal, que é deveras fantástica, espero ver mais de personagem em uma eventual quarta temporada.


Falando de relacionamentos, também temos Ola, que vive um relacionamento conturbado com Lily, que passa por uma espécie de crise de identidade após toda a humilhação que a nova diretora a fez passar.

Outro personagem que se destacou muito ao meu ver foi Adam. O seu crescimento pessoal em entender sua própria sexualidade ao mesmo tempo que tenta encontrar quem ele mesmo é torna tudo deslumbrante, é uma linda jornada. O mesmo pode-se dizer de seu pai, Michael Groff, que entra em uma bela jornada de descobrimento pessoal após o divórcio com sua esposa e mãe de Adam, Maureen.

As idas e vindas de seu relacionamento com Eric também constroem uma nova narrativa para o melhor amigo de Otis, que aqui tenta retomar os laços familiares e lida mais uma vez com a homofobia e repressão quanto à sua sexualidade, é tudo muito bem planejado.

Por fim, gostaria de destacar a gravidez de Jean Milburn, mãe de Otis. Ver todos os desdobramentos me fazem amar ainda mais a personagem, que já era muito bem construída anteriormente. Seu relacionamento com Jakob, embora conturbado, mostra a disposição do casal em fazerem as coisas darem certo.

Ainda falando de Jean, gostei muito de como as cenas entre ela e a Aimee foram feitas, todas com muita sensibilidade e empatia. O desenvolvimento da jovem na temporada aliás, é sensacional, a tentativa de entender seus próprios sentimentos e de lidar com a dor do assédio sexual que sofreu na temporada anterior.

Conclusão: A terceira temporada de Sex Education é aquele tipo de sequência que não vemos todo dia; comprometida com o que foi apresentado anteriormente, a nova temporada traz temas ainda mais pertinentes, além de continuar com a maturidade, seriedade e sensibilidade que a série sempre trouxe, mas ainda com sua dose de diversão, tornando-o um produto e tanto enquanto entretenimento.

Nota: 9,5/10.

Mas e você, o que achou da nova temporada de Sex Education? Comente!

Leia também: Sex Education: As melhores curiosidades!

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